segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Castelo do Homem Sem Alma (A Família Brodie) - A. J. Cronin


Em 1930, com a saúde fragilizada por excesso de trabalho, o médico escocês Archibald Joseph Cronin foi obrigado a parar de clinicar por um certo período, enveredando pelo caminho literário. Em três meses, escreveu as 450 páginas da obra que virou um clássico da literatura. Hatter's Castle (O Castelo do Chapeleiro), traduzido no Brasil sob o título de O Castelo do Homem sem Alma, por Rachel de Queiroz, não poderia ter tido tradução mais apropriada. O romance narra a história triste de uma família de Levenford, que vive à mercê de um psicopata falido, hipócrita, preconceituoso e orgulhoso, James Brodie.


CRONIN, A. J. O Castelo do Homem Sem Alma (A Família Brodie). Romance. Livraria José Olympio. Editora Rio. 13º Edição, 1966

Éramos Seis - Maria José Dupré


Éramos Seis conta a história de Dona Lola e sua família, uma bondosa e batalhadora mulher que faz de tudo pela felicidade do marido, Júlio, um vendedor, e dos quatro filhos do casal: Carlos, Alfredo, Julinho e Maria Isabel. A vida de Dona Lola é narrada desde a infância das crianças, quando Júlio trabalha para pagar as prestações da casa onde moram, na Avenida Angélica, em São Paulo, nas proximidades do parque Buenos Aires, no local onde mais tarde se ergueu o Edifício São Clemente, passando pela chegada dos filhos à fase adulta e de Dona Lola à velhice. Conforme os anos passam, vão se modificando as coisas na vida de Dona Lola, com a morte de Júlio; o sumiço de Alfredo pelo mundo; a união de Isabel com Felício, um homem desquitado; a ascensão de Julinho, que se casa com uma moça de família da nata da sociedade carioca.


DUPRÉ, Maria José, Éramos Seis. Romance. Edição Saraiva São Paulo. 13º Edição, 1967

Os Meninos do Brasil - Ira Levin


Yakov Liebermann é um velho caçador de nazistas baseado em Viena, onde comanda um centro que recolhe documentação sobre crimes contra a Humanidade perpetrados durante o Holocausto. Em setembro de 1974, Liebermann recebe um preocupante telefonema de um jovem que lhe informa que acabara de interceptar conversações telefônicas de Josef Mengele, o médico dos campos de concentração que executava experimentos em judeus durante a Segunda  Guerra Mundial. De acordo com o jovem, Mengele havia acionado o Kameradenwerk (rede de apoio aos oficiais nazistas após a guerra) para levar a cabo um estranho trabalho: seis nazistas deveriam matar 94 homens, que compartilham alguns traços comuns. Todos os homens são civis e todos devem ser assassinados numa determinada data.


LEVIN, Ira. Os Meninos do Brasil.

A CIdadela - A. J. Cronin


Obra do início do século vinte e mais conhecida do médico e escritor britânico que influenciou jovens do mundo inteiro a cursar medicina. Conta à história de um médico em início de carreira, honesto mas ambicioso, tentando alcançar seus objetivos. Era médico como seu personagem Andrew e, por isso, o livro ensina bastante coisa sobre a medicina daquela época. Como no livro, os tuberculosos ainda hoje, infelizmente, carregam o estigma de portadores de uma doença contagiosa e são afastados da convivência social.


CRONIN, A. J. A Cidadela. Romance. 22º Edição. 1968

Gina - Maria José Dupré


Gina é uma moça muito bonita e pobre, filha de italianos e nascida no bairro do Bom Retiro em São Paulo. Aos 17 anos, uma senhora a convence de que poderia ajudá-la a sair daquela pobreza toda e a convida para morar em sua mansão no bairro dos Campos Elísios, área nobre da cidade. Mas na realidade a senhora é uma cafetina, dona de um prostíbulo, e seu interesse real é faturar em cima da linda jovem. Gina torna-se uma cortesã, a mais desejada da mansão. Vestida com roupas francesas fornecidas pela cafetina, os homens querem conquistá-la de qualquer forma, mas são impedidos por sua cafetina, que a mantém em rédeas curtas. Após um ano na vida de cortesã, um banqueiro de meia idade chamado Fred, muito culto e rico, passa a visitar frequentemente a mansão, recebido e visto sempre com muita simpatia pela senhora do negócio, que reserva para ele o que há de melhor na mansão: Gina. Com o passar do tempo ambos se apaixonam. A sociedade não aceita e as senhoras da sociedade fazem campanha para que Gina seja mandada embora para bem longe do prostíbulo e de seus maridos também. Mas Fred resolve casar-se com Gina e a vida do casal transforma-se em um verdadeiro calvário. Ele perde todos os seus amigos, os negócios do banco e recebe o desprezo de sua família. Agora, o casal só poderá contar com o amor um do outro para reconquistar o respeito e vencer o preconceito de uma sociedade que vive de aparência. 


DUPRÉ, Maria José. Gina. Romance. 9º Edição. 1966

Menina Isabel - Maria José Dupré


Mais uma obra da grande autora de "Éramos Seis". Neste romance, mergulhamos na vida de uma família, seus momentos trágicos, seus dias tristes, suas pequenas preocupações. Tudo isto faz um fundo grandioso que se chama: nascer, crescer, morrer. Este velho tema que dá ao livro dignidade, brilho e calor.


DUPRÉ, Maria José. Menina Isabel. Romance. 1965

Luz e Sombra - Maria José Dupré

No romance Luz e Sombra de Maria José Dupré escrito no último século, há um olhar revelador e intimista sobre a condição da mulher e da escravidão no Brasil. A estória é narrada em 1870, período que as correntes abolicionistas no Brasil cantavam o hino de uma nova pátria, como uma brisa leve de luz que aproxima-se das sombras. A sociedade é relatada com minúcias precisas, desde o tratamento autoritário de homens, maridos ou pais, a morte de escravos pela tortura até a amizade filial e sincera de irmãs, mulheres que prendem suas dores entre si como laços ferozes de ferro e sangue. 


DUPRÉ, Maria José. Luz e Sombra. 9º Edição, 1967

Os Rodriguez - Sra. Leandro Dupré


DUPRÉ, Sra. Leandro. Os Rodriguez. 6º Edição, 1958

Pelos Caminhos da Vida - A. J. Cronin


CRONIN, A. J. Pelos Caminhas da Vida, Memórias. Livraria José Olympio. Editora Rio. 7º Edição, 1966

Sombras Numa Vida- A. J. Cronin

Sombras numa vida é uma novela de 1964 sobre a vinda à idade adulta de Laurence Carroll e sua vida na Escócia. Tal como acontece com vários de seus outros romances, Cronin desenhou em suas próprias experiências crescendo na Escócia para este livro. Os títulos de ambas as novelas vêm de uma rima, de seu tempo de criança.


CRONIN, A. J. Sombras Numa Vida. Romance. Livraria José Olympio. Editora Rio, 1966

Almas em Conflito - A. J. Cronin


Cronin coloca em tese mais uma vez o conflito pessoal dos personagens. Um garoto tem por dito pelo pai que sua mãe não existe, vive sem amigos até conhecer um simpático jardineiro espanhol. O pai com ciúmes da relação e até com falta de confiança (se é que já não se encaixa no ciúmes), duvidando até de propósitos de moléstia sexual dos dois amigos, busca provas equivocadas para a relação do filho com o psicanalista que não se deixa por um casa sem defeitos aparentemente e um mordomo fiel que descobre-se um grande canalha. E farão de tudo para prejudicar esta amizade.


CRONIN, A. J. Almas em Conflito. Romance. Livraria José Olympio. Editora Rio, 9º Edição, 1966

Anos de Ternura - A. J. Cronin


CRONIN, A. J. Anos de Ternura. Romance. Livraria José Olympio, Editora Rio, 15º Edição, 1968

As Chaves do Reino - A. J. Cronin


O livro conta a história do Padre Chisholm, que passou cerca de 30 anos como missionário em uma cidadela da China. O primeio capítulo do livro é entitulado “O Princípio do Fim”, e mostra um diálogo entre Chisholm e outro padre, que vem dizer que ele (Chisholm) deveria se aposentar por estar velho e ensinando coisas erradas ao povo, e por ter uma visão equivocada da realidade. No primeiro capítulo você tem a impressão de que o protagonista realmente tem uma concepção distorcida das coisas, da vida e da sua própria religião. É aí que Cronin começa a contar, a partir do segundo capítulo, a história de Chisholm desde a sua mais tenra idade, quando ele teve motivos de sobra para seguir a carreira de padre. Quando você chega ao último capítulo (cujo título é “O Fim do Princípio”), em apenas três páginas acontece o desfecho do primeiro capítulo, e é onde a opinião do leitor sobre todos os envolvidos na história é absolutamente diferente.


CRONIN, A. J. As Chaves do Reino. Romance. Livraria José Olympio. Editora Rio. 16º Edição, 1968

Tenda dos Milagres - Jorge Amado


Tenda dos Milagres foi o segundo romance de Jorge Amado, publicado em 1969, em que o autor apresenta a violência dos brancos diante de rituais de origem africana, e oferece o ingresso para outro mundo, onde a mistura não é só de raças, mas também de religiões. É um grito contra o preconceito racial e religioso. E na ânsia de nos apresentar a figura de certo Pedro Archanjo em sua inteireza, o autor encheu-se de ambição, quis abarcar o mundo com as pernas, misturou tempos e espaços romanescos.


AMADO, Jorge. Tenda dos Milagres. 1º Edição, 1969

Três Amores - A. J. Cronin


É um livro dramático pelas tragédias que envolvem toda a família. A história gira em torno de Lucy uma mulher forte, determinada, orgulhosa, recatada. Obstinada e possessiva. Uma esposa dedicada e feliz; não era volúvel, seguia encaliçadamente seus objetivos. Gostava do outono, o vento derrubava as folhas no chão e espalhava na terra uma fragrância e deixava Lucy de excelente humor; sua disposição, garra e o amor eram impressionantes.
A história se passa na Escócia, começa mostrando a harmonia familiar; uma esposa dedicada e feliz e um marido satisfeito com as conveniências desse relacionamento. Lucy casou contra a vontade do seu irmão aumentando assim as barreiras entre eles. Todavia a felicidade conjugal dava a Lucy a compensação, amava sua família com muito zelo, tudo era perfeito até que outra mulher apareceu e subitamente fez a ruina da felicidade e segurança de Lucy. A situação foge do controle e resulta numa tragédia que levaria a várias outras e a vida dela nunca mais seria como antes.


CRONIN, A. J. Três Amores. Romance. Livraria José Olympio. Editora Rio, 1966

Infância - Graciliano Ramos


Publicado em 1945, Infância é uma autobiografia de Graciliano Ramos que prova ser possível uma obra somar os elementos pessoais com os sociais. Muito do que o autor confessa em suas memórias são problemas que afetaram não só a ele mesmo, mas também o seu meio. Sua dor é também a dor de nosso mundo. Este livro pode ser lido como romance, um conjunto de contos, e como elaboração ficcional de elementos da memória biográfica do autor. Considerando como unidade, contempla um período de amadurecimento da criança exposta como protagonista. Além disso, esse livro lida com elementos que nos fazem entendê-lo como base de todo o universo literário do autor. Nele vemos temáticas que vão povoar suas obras-primas: São Bernardo, Vidas Secas e Angústia.


RAMOS, Graciliano. Infância Memórias, 3º Edição, Editora Livraria José Olympio, 1553

domingo, 10 de março de 2013

Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa


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O Mercador de Veneza - William Shakespeare


“O mercador de Veneza”, comédia em cinco atos, figura entre as obras mais famosas de Shakespeare. Bassânio, nobre veneziano que malbaratou seus bens, pede ao amigo Antônio, rico mercador, três mil ducados para poder prosseguir com dignidade o noivado com a rica herdeira Pórcia. Antônio se dispõe a tomar emprestado o dinheiro a Shylock, agiota a quem antes havia insultado por causa da usura que exercia. Este consente em emprestar o dinheiro sob uma condição: se a quantia não for paga no prazo fixado, Shylock terá direito a uma libra de carne do corpo de Antônio.



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Fausto - Johhan Wolfgang Von Goethe


"O último grande poema dos tempos modernos", no dizer de Otto Maria Carpeaux, o fausto de Goethe está para a modernidade assim como a Comédia de Dante para a Idade Média. Representa não só a obra máxima de seu autor, mas a suma do conhecimento e das aspirações de sua época.
Esta edição do Fausto I traz ao leitor brasileiro o texto integral da tragédia na primorosa tradução de Jenny Klabin Segall - elogiada por nomes como Augusto Meyer, Paulo Rónai e Sérgio Buarque de Holanda, entre outros, por sua extrema fidelidade ao original. O presente volume inclui também apresentação, notas e comentários esclarecedores de Marcus Vinicius Mazzari, professor da Universidade de São Paulo, que auxiliam o leitor a percorrer o riquíssimo universo de referências do maior poeta alemão.





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A Metamorfose - Franz Kafka


"Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado viu que se transformara, durante o sono, numa espécie monstruosa de inseto."

É deste modo que Kafka inicia a história de Gregor Samsa, um sujeito que se viu "obrigado a se tornar um caixeiro-viajante ,que deixou de ter vida própria para suportar financeiramente todas as despesas de casa.
Numa manhã, ao acordar para o trabalho, Gregor vê que se transformou num inseto horrível com um "dorso duro e inúmeras patas". A princípio, as suas preocupações passam por pensamentos práticos relacionados com a sua metamorfose.
Depois, as preocupações passam para um estado mais psicológico e até mesmo sentimental. Gregor sente-se magoado pela repulsa dos pais perante a sua metamorfose. Apenas a irmã se digna a levar-lhe a alimentação, mas mesmo assim a repulsa e o medo também começam a se manifestar. A metamorfose de Gregor vai além da modificação física. É sobretudo uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões.



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A Esfinge Sem Segredo - Oscar Wilde


Dois amigos se reencontram, um deles narra suas estranhas novidades: se apaixonara por uma mulher enigmática, cheia de mistérios. Uma aura de suspense ronda por ela que guarda um segredo.




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Senhora - José de Alencar




Senhora é um romance urbano do escritor brasileiro José de Alencar, publicado em 1875,na forma de folhetim.
Na narrativa, o autor mostra a hipocrisia da sociedade fluminense durante o Segundo Império. Através do romance entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas, ele leva o leitor a refletir a respeito da influência do dinheiro nas relações amorosas e, principalmente, sua influência nos casamentos da época. O romance divide-se em quatro partes, que correspondem às etapas de uma transação comercial: Preço, Quitação, Posse e Resgate.





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Primeiro Fausto - Fernando Pessoa





Baseado no mito original contado por Goethe,"O Primeiro Fausto" de Fernando Pessoaconta a história do médico Dr. Johannes Georg Faust, insatisfeito com sua vida. Por isso, faz um pacto com Mefistófeles (símbolo do Diabo), mas não esperava que iria conhecer uma jovem pelo qual se apaixonaria perdidamente, tentando assim livrar a alma do pacto feito com o Diabo.






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Quincas Borba - Machado de Assis


Seguindo Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), este livro é considerado pela crítica moderna o segundo da trilogia realista de Machado de Assis, em que o autor esteve preocupado em utilizar o pessimismo e a ironia para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora não subtraia resíduos românticos da trama. Ao contrário do romance anterior, no entanto, Quincas Borba foi escrito em terceira pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que torna-se discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo.





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Os Sertões - Euclides da Cunha


Os Sertões é um livro brasileiro, escrito por Euclides da Cunha e publicado em 1902.
Trata da Guerra de Canudos (1896-1897), no interior da Bahia. Euclides da Cunha presenciou uma parte desta guerra como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, e ao retornar escreveu um dos maiores livros já escritos por um brasileiro. Pertence, ao mesmo tempo, à prosa científica e à prosa artística. Pode ser entendido como um obra de Sociologia, Geografia, História ou crítica humana. Mas não é errado lê-lo como uma epopeia da vida sertaneja em sua luta diária contra a paisagem e a incompreensão das elites governamentais.
O crítico literário Alexei Bueno considera Os Sertões uma das três grandes epopeias da língua portuguesa, podendo ser comparada à Ilíada — assim como Os Lusíadas podem ser comparados à Eneida e Grande Sertão: Veredas, à Odisseia.



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Os Maias - Eça de Queirós


Tudo começa com a descrição da casa – “O ramalhete”- Lisboa, mas que nada tem de fresco ou de campestre. O nome vem-lhe de um painel de azulejos com um ramo de girassóis, colocado onde deveria estar a pedra de armas.
Afonso da Maia casou-se com Maria Eduarda Runa e deste casamento resultou apenas um filho - Pedro da Maia. Pedro da Maia, que teve uma educação tipicamente romântica, era muito ligado à mãe e após a sua morte ficou inconsolável, tendo só recuperado quando conheceu uma mulher chamada Maria Monforte, com quem casou, apesar de Afonso não concordar. Deste casamento resultaram dois filhos: Carlos Eduardo e Maria Eduarda. Algum tempo depois, Maria Monforte apaixona-se por Tancredo (um italiano que Pedro fere acidentalmente e acolhe em sua casa) e foge com ele para Itália, levando consigo a filha, Maria Eduarda.


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Os Lusíadas - Luis Vaz de Camões




Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
A obra é composta de dez cantos, 1115 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC – oitava rima camoniana. A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português.






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O Pastor Amoroso - Fernando Pessoa


O conjunto de poemas "O Pastor Amoroso" destaca-se no todo da obra heterônima de Alberto Caeiro, sobretudo pela sua temática. Caeiro "sai da sua personagem", transformando-se em um poeta transtornado pelo amor. Trata-se de um livro fundador da identidade deste heterônimo.
Os poemas do "Pastor Amoroso" giram em torno de um episódio lamentável: Caeiro apaixonou-se. É possuído por esta paixão que Caeiro "desiste" momentaneamente dos seus princípios para dar espaço a um sentimento de fraqueza, mais humano. O simbolismo do pastor perdido das suas ovelhas e do seu cajado é, afinal, magnífico. Um pastor sem pastoreio é o sentimento que Caeiro deve ter em si mesmo, quando suspira pelo seu amor, por "ela".




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O Guardador de Rebanhos - Fernando Pessoa


“Eu nunca guardei rebanhos, 
Mas é como se os guardasse. 
Minha alma é como um pastor, 
Conhece o vento e o sol 
E anda pela mão das Estações 
A seguir e a olhar. 
Toda a paz da Natureza sem gente 
Vem sentar-se a meu lado. 
Mas eu fico triste como um pôr de sol 
Para a nossa imaginação, 
Quando esfria no fundo da planície 
E se sente a noite entrada 
Como uma borboleta pela janela.” [...]



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O Guarani - José de Alencar


No primeiro momento, o romance aborda a descrição da civilização representada pelos domínios de D. Antônio de Mariz, fidalgo português que nos fins do século XVI, fiel ao projeto colonizador da coroa portuguesa - submetida naquele período ao domínio espanhol, instala uma fazenda às margens do rio Paquequer. O segundo momento, marcado pelo ataque dos Aimorés lança por terra a esperança de uma sociedade portuguesa no solo brasileiro: a ordem da civilização portuguesa deve ser destruída, para que renasça a nação brasileira. Por fim, o terceiro momento, o renascimento, a união de Ceci e Peri. Sozinha no mundo, Ceci se recusa a ir para o Rio de Janeiro, após a destruição dos domínios de seu pai, preferindo ficar com Peri.





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O Eu Profundo e os Outros Eus - Fernando Pessoa





Fernando Pessoa se apresenta ao leitor como todo um continente poético, imenso e inapreensível de um só golpe de vista. Nesta antologia, baseada no texto da edição geral organizada por Maria Aliette Galhoz, a obra de Pessoa, em seu nome e no nome de seus heterônimos, se revela em sua estrutura essencial, ponto de partida para a viagem pleo universo pessoano.








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O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós




O Crime do Padre Amaro é uma das obras do escritor português Eça de Queirós mais difundidas por todo o mundo. Trata-se de uma obra polêmica, que causou protestos da Igreja Católica, ao ser publicada em 1875, em Portugal.
Esta obra é mais um documento humano e social do país e da sua época escrito com a maestria de Eça de Queirós. É também a primeira realização artística do realismo português.








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O Banqueiro Anarquista - Fernando Pessoa




"O Banqueiro Anarquista" foi escrito porFernando Pessoa em Lisboa, no mês de janeiro de 1922.
Fernando Antônio Nogueira Lisboa (Fernando Pessoa) nasceu em Lisboa no ano de 1888 e morreu em 1935. Foi um importante poeta e escritor português, considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa e reconhecido mundialmente. Sua última frase foi: "Não sei o que o amanhã trará".






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O Alienista - Machado de Assis


O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis. Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos porém, considera a obra um conto mais longo, por causa da sua estrutura narrativa.
Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos, havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882. É a base para o tipo de conto brasileiro que viria a seguir, assim como peça fundamental do Realismo. Para muitos, é considerado como o primeiro romance brasileiro do movimento realista. Uma frase dita por Machado de Assis: "Se você não é um homem, então, não tem palavras o suficiente para falar a respeito de outros homens..."



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Mensagem - Fernando Pessoa





O título original do livro era Portugal. Influenciado por um amigo, Pessoa considera "Mensagem" um título mais apropriado, pelo nome "Portugal" se encontrar "prostituído" no mais comum dos produtos. Pessoa constrói a palavra "mensagem" a partir da expressão latina: Mens agitat molem, isto é, "A mente comanda o corpo", frase da história de Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica a Enéias o sistema do Universo. Pessoa não utiliza o sentido original da frase, que denotava a existência de um princípio universal de onde emanavam todos os seres.





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Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis


Memórias Póstumas de Brás Cubas é um romance escrito por Machado de Assis, desenvolvido em princípio como folhetim, de março a dezembro de 1880, na Revista Brasileira, para, no ano seguinte, ser publicado como livro, pela então Tipografia Nacional.
O livro marca um tom cáustico e novo estilo na obra de Machado de Assis, bem como audácia e inovação temática no cenário literário nacional, que o fez receber, à época, resenhas estranhadas. Confessando adotar a "forma livre" de Laurence Sterne em seu Tristram Shandy (1759-67), ou de Xavier de Maistre, o autor, com Memórias Póstumas, rompe com a narração linear e objetivista de autores proeminentes da época como Flaubert e Zola para retratar o Rio de Janeiro e sua época em geral com pessimismo, ironia e indiferença - um dos fatores que fizeram com que fosse amplamente considerada a obra que iniciou o Realismo no Brasil.


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Livro do Desassossego - Fernando Pessoa






Foi nesta obra que Fernando Pessoa mais se aproximou do gênero romance. Os temas não deixam de ser adequados a um diário íntimo: a elucidação de estados psíquicos, a descrição das coisas, através dos efeitos que elas exercem sobre a mente, reflexões e devaneios sobre a paixão, a moral, o conhecimento. 





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Iracema - José de Alencar






O texto é épico por ser narrativo. José de Alencar narra os feitos heroicos dos portugueses na figura de Martim. Iracema, também, é transformada em heroína. É o vinho de Tupã que permite a posse de Iracema (presença do "maravilhoso"). Além disso, temos, também, a presença dos deuses indígenas representando as forças da natureza.









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Este Mundo da Injustiça Globalizada - José Saramago




[...] é urgente, antes que se nos torne demasiado tarde, promover um debate mundial sobre a democracia e as causas da sua decadência, sobre a intervenção dos cidadãos na vida política e social, sobre as relações entre os Estados e o poder econômico e financeiro mundial, sobre aquilo que afirma e aquilo que nega a democracia, sobre o direito à felicidade e a uma existência digna, sobre as misérias... e as esperanças da humanidade, ou, falando com menos retórica, dos simples seres humanos que a compõem, um por um e todos juntos. Não há pior engano do que o daquele que a si mesmo se engana. E assim é que estamos vivendo."






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Eu - Augusto dos Anjos


Eu é o único livro de poesia de Augusto dos Anjos, publicado no Rio de Janeiro no ano de 1912. A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe, vômito, entre outras. A obra só possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista, outros vêem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente ao pré-modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos brasileiros pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época.





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Don Quixote (Vol. 1) - Miguel de Cervantes Saavedra




Escrito por Miguel de Cervantes, "Don Quixote" é uma das obras-primas da literatura que se tornou um dos mais lidos romances de todos os tempos. Em sua primeira parte, "Don Quixote vol. 1" narra a história de um fidalgo que, de tanto ler histórias de cavaleiros medievais, pensa ser um deles e sai pelo mundo, sempre na companhia de Sancho Pança, seu fiel escudeiro. Quixote representa o lado espiritual, sublime e nobre da natureza humana; Sancho Pança, o aspecto materialista, rude, animal. Depois da Bíblia, é um dos livros mais traduzidos da literatura mundial.






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Dom Casmurro - Machado de Assis



O narrador inicia o livro justificando o título e por que resolveu escrevê-lo. Chama-se Dom Casmurro, pois foi um apelido dado ao personagem principal, Bento Santiago, e diz que escreve por falta do que fazer.
Bento era filho de D. Glória, uma mulher bondosa. Vivia em sua casa em Matacavalos junto com seu tio Cosme que havia enviuvado, sua prima Justina também viúva e um agregado, José Dias. Seu pai já havia morrido.
Dona Glória, que havia perdido o primeiro filho, fez uma promessa a Deus, que se lhe abençoasse com um filho vivo esse iria para o seminário quando fosse o tempo e se tornaria padre. Nasceu Bento. Quando ele tinha seus quinze anos foi lembrada a sua mãe a promessa que fizera e que já era tempo de cumpri-la. 





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Cancioneiro - Fernando Pessoa




Cancioneiro é uma obra composta por poemas líricos, rimados e metrificados, de forte influência simbolista.
Apesar de o próprio Fernando pessoa afirmar que "Cancioneiro" (ou outro título igualmente inexpressivo) reuniria vários dos muitos poemas soltos que tenho, e que são por natureza inclassificáveis salvo de essa maneira inexpressiva, o título dessa obra não é, de forma alguma, "inexpressivo", porque o seu entendimento global está relacionado diretamente ao título. Cancioneiro é a designação dada ao conjunto poesias lírica medievais, portuguesa ou espanhola.






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A Vida Eterna - Machado de Assis




O conto "A Vida Eterna", escrito por Machado de Assis, revela todo um lado shakespeariano do autor, sob o pseudônimo de Camilo da Anunciação. Publicado em 1870, no Jornal das Famílias, ultimamente está no volume Contos Avulsos. Conta a história de um pesadelo, na qual aparece um desconhecido chamado Tobias, formado em matemática, que conta para o narrador: "Desconfio que hei de morrer amanhã; não se espante; tenho certeza que amanhã vou para o outro mundo..." e segue narrando como será sua morte, toda a história em termos de pesadelo.






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Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente


O Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respectivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De facto, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.




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A Segunda Vida - Machado de Assis





"A Segunda Vida", escrito por Machado de Assis, foi originalmente publicado em Gazeta Literária, em 1884 e posteriormente compilada em “Histórias Sem Data”. Conta a história de José Maria, que após sua morte procura monsenhor Caldas alegando ter passado por outras vidas. Monsenhor acredita tratar-se de um maluco e chama a polícia. Enquanto isso, José Maria conta a sua história. Uma leitura que vale a pena.








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Primaveras - Casimiro de Abreu




Em Primaveras, de Casimiro de Abreu, acham-se os temas prediletos do poeta e que o identificam como lírico-romântico: a nostalgia da infância, a saudade da terra natal, o gosto da natureza, a religiosidade ingênua, o pressentimento da morte, a exaltação da juventude, a devoção pela pátria e a idealização da mulher amada. A sua visão do mundo externo está condicionada estreitamente pelo universo do burguês brasileiro da época imperial, das chácaras e jardins. Trata de uma natureza onde se caça passarinho quando criança, onde se arma a rede para o devaneio ou se vai namorar quando rapaz.






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Arte Poética - Aristóteles





Arte Poética, provavelmente registrada entre os anos 335 a.C. e 323 a.C. (Eudoro de Souza, 1993, pg.8), é um conjunto de anotações das aulas de Aristóteles sobre o tema da poesia e da arte em sua época, pertencentes aos seus escritos acroamáticos (para serem transmitidos oralmente aos seus alunos) ou esotéricos (textos para iniciados).








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sábado, 9 de março de 2013

A Mulher de Preto - Machado de Assis




Machado de Assis foi um carioca exemplar no mundo  das letras. Teve diversas funções, entre as quais as de contista, cronista, romancista, dramaturgo, poeta, crítico literário, jornalista e folhetinista. Sua atuação no cenário literário foi tão importante, que Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e ocupou a prestigiosa cadeira de número 1.

Um dos gêneros que Machado de Assis se destacou foi o de contos. Um deles é intitulado de A Mulher de Preto. Como era comum na época, esse conto foi escrito aleatoriamente e depois incluído no livro Contos Fluminenes.





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A Moreninha - Joaquim Manoel de Macedo




Três estudantes de Medicina passam o feriado na casa da avó de um deles, numa ilha. Um deles apostou que se ficasse apaixonado por uma mulher por mais de quinze dias, escreveria um romance contando a história desta paixão. A partir daí, conhece Carolina (a Moreninha que dá título ao livro) por quem se apaixona. O único obstáculo à união dos dois é a promessa de fidelidade feita pelo estudante a uma menina que conhecera na infância e cujo paradeiro e identidade ignorava. Porém, esse empecilho é resolvido no final do livro: a tal menina era a própria Moreninha.







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